Ideias do mestre

Existe, hoje, uma concepção de arte adaptada à evolução da tecnologia e de um novo comportamento do ser humano, isso é natural em qualquer linguagem resultante de uma expressão artística. A arte incondicionalmente registra o momento, os sentimentos, os conflitos, a história, portanto, o  raio x do próprio homem. A pintura como outras linguagens, segue esse mesmo comportamento de evolução, novos materiais apareceram e daí a necessidade de experimentar, descobrir, explorar as cores vibrantes, ousar e lançar o interior como uma explosão de criatividade e espontaneidade .
         Temos a tendência de, por algumas razões, querer sempre romper, quebrar ou tirar o ranço do passado, isso foi e ainda é comprovado em alguns movimentos artísticos com relação principalmente ao academicismo. Será, porém, que quebramos alguma coisa? Será que podemos ou se tem a necessidade de jogar fora experiências que na época também foram pioneiras?
Será que não corremos o risco de em pró de um avanço tecnológico ou ideológico, fazermos obras desacatáveis onde gerações futuras não irão ver nem ter o devir de presenciar algo orgânico que transcende modismos, preconceitos e padrões estéticos?
         Essas perguntas ficam para serem analisadas e respondidas pela consciência de cada um, não quero impor pensamentos, pois esses devem ser espontâneos e livres. Porém como professor, artista plástico e ser humano estou aberto as inovações sem preconceito e também estou sempre pronto a não quebrar amarras com o passado, ele me acrescenta o conhecimento dos materiais e os suportes de uma pintura duradoura, experiências aprovadas pelo tempo e por mestres tão modernos na sua época como nós nessa época.


GILBERTO DIAS FILHO


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