A COR
Cor-luz ou luz colorida -
é a radiação luminosa visível que tem como síntese
aditiva a luz branca. Sua melhor expressão é a luz solar, por reunir de
forma equilibrada todos os matizes existentes na natureza.
Cor-pigmento - é a
substância material que, conforme sua natureza, absorve, refrata e reflete os
raios luminosos componentes da luz que se difunde sobre ela. O que faz com que
chamemos um corpo de verde é a sua capacidade de absorver quase todos os raios
luminosos e refletir apenas o verde. As cores pigmento são as substâncias
corantes que fazem parte do grupo das cores químicas. Essas substâncias tentam
imitar os fenômenos de luz e cor. Seu processo de mistura é por síntese subtrativa.
CLASSIFICAÇÃO DAS CORES
A cor é composta por três
elementos estruturais:
1)
MATIZ: diferença entre uma cor e outra, como
vermelho, amarelo, azul. Comprimento de onda da cor
2)
LUMINOSIDADE: é o claro-escuro da cor, quando se
adiciona branco ou preto a um matiz.
3)
SATURAÇÃO: é o grau de potencia da cor viva,
forte e sólida, em relação à fraca, desbotada e meio transparente.
COR PRIMÁRIA - é cada uma
das três cores que não podemos obter pela mistura de nenhuma outra. Misturadas
em proporções variáveis, produzem todas as cores do espectro. Na cor luz são:
vermelho, verde, azul-violetado. A mistura delas produz o branco, fenômeno
chamado síntese aditiva. Na cor pigmento são o vermelho magenta, amarelo e
azul. A mistura das três produz o preto cromático por síntese subtrativa.
COR SECUNDÁRIA - é a cor
formada pela mistura de duas primárias. Na cor pigmento são: laranja (magenta+amarelo),
verde (azul+amarelo), violeta (magenta + azul).
CORES TERCIÁRIAS - São
obtidas misturando-se pigmentos de cores complementares misturando duas
secundárias, são cinzas cromáticos, variação do preto cromático porque, nestas
misturas, as três primárias são sempre usadas.
São muito
importantes na harmonia de cor, pois são cores neutras, não criando contrastes
com outras cores nem entre si. Não atraem tanta atenção como as primárias ou
secundárias e muitas vezes não são percebidas à nossa volta.
Eles descansam
o olho depois de um estimulo causado por um contraste, mantendo a harmonia da
cor num quadro. Estas são as cores que predominam na natureza e na maioria dos
objetos à nossa volta.
COR COMPLEMENTAR
O violeta é complementar do amarelo (roxo = azul + vermelho magenta)
O laranja é complementar do azul (laranja = amarelo + vermelho magenta)
O verde é complementar do
vermelho magenta (verde = amarelo + azul)
FATORES QUE DETERMINAM A COR DOS CORPOS
- A cor local (sua própria cor)
- A cor tonal (luzes e sombras)
- A cor ambiente (reflexos de outros corpos)
Esses
três fatores podem ser modificados por:
- A cor própria da
luz
- A intensidade da
luz
- A atmosfera
interposta.
A COR DA SOMBRA
CONTRASTES
·
Contraste por tom
·
Contraste por cor
- Contraste entre cores opostas
- Contraste por cor e tom
Alto contraste - Entre uma
cor primária e sua cor complementar. Exemplo: magenta e ver de.
Alto contraste: Entre duas
cores secundárias. Exemplo: laranja e roxo.
Médio contraste: Entre
duas cores primárias. Exemplo: amarelo e azul.
Leve contraste: Entre urna
cor primária e uma secundária (não a complementar) Exemplo: amarelo e laranja.
Existem dois fenômenos
resultantes de contrastes entre tons ou entre cores:
Lei dos contrastes
simultâneos
1-
Uma cor pálida resulta mais clara quanto mais escura é
a cor que a rodeia
2-
Uma cor intensa resulta mais escura, quanto mais clara
é a cor que a rodeia.
Fenômeno das imagens sucessivas
Indução de cores complementares
Uma cor projeta
sobre o matiz vizinho, por simpatia, a sua própria complementar.
Na sua
definição, harmonia é a disposição bem ordenada das partes de um todo. Mas,
como relacionar todas as cores misturadas que envolvem um quadro, de forma
harmônica, que seja agradável à vista?
Primeiro
devemos nos preocupar em definir a tendência cromática do quadro. Existem três
tipos de gamas cromáticas que podem definir essa tendência:
1-
gama de cores quentes: são todas as misturas onde estão
presentes predominantemente as cores quentes (vermelhos, amarelos e aquelas em
que estas predominam), com ou sem o branco, incluindo as cores terra com
tendência para o vermelho.
2-
gama de cores frias: são as misturas em que predominem
as cores frias (azuis, verdes e cores em que eles predominem).
3-
Gama de cores temperadas: são também chamadas de cinzas
cromáticos. São as misturas entre os pares de complementares, com ou sem o
branco.
A
predominância de uma dessas gamas não exclui a participação das outras. Uma gama
de cores quentes, por exemplo, não exclui misturas com cores frias (presentes
nas misturas para violeta e verdes amarelos). Isso é necessário para produzir
sombras ou quebrar a intensidade de algumas cores excessivamente puras. Essas
misturas frias não devem gerar conflito com a tendência quente, e sim matizar e
enriquecer o quadro, permitindo pequenos contrastes e evitando a monotonia. O
contraste permite realçar ou dramatizar a gama dominante.
Dentro da
tendência escolhida para compor o quadro, deve-se ter sempre uma cor dominante.
HARMONIZAÇÃO DE VALORES E TONS
Quando falamos
em escalas de valores, estamos nos referindo a escalas sem cor, acromáticas,
onde seus limites são o branco (luz) e o preto (ausência de luz). Já as escalas
de tons são cromáticas.
Para
harmonizar uma escala de valores deve-se ter três pontos de equilíbrio: o
branco (máxima luminosidade), o preto (máxima obscuridade) e o cinza-médio
(luminosidade intermediária). Este tem grande importância e beleza, tendo a
função de quebrar os tons puros e criar uma ponte de ligação entre dois opostos
(cinza neutro).
Obs: o cinza-neutro é o
equilíbrio entre duas cores que se complementam, em proporções iguais.
Numa escala de
tons e valores, as cores saturadas degradam-se no sentido do branco e
rebaixam-se em direção ao preto.
CINZAS CROMÁTICOS
As formas de
se obter um cinza são:
a)
misturando preto com branco
b)
pela mistura das três cores primarias ou de
pares de complementares
Este último é o cinza cromático e é o mais belo dos
dois e o mais rico por ser formado por cores, enriquecendo e deixando a pintura
mais vibrante. Ele pode ser misturado em proporções variáveis a uma cor
qualquer, com a finalidade de rebaixar alguma cor que seja gritante.
Obs: o
rebaixamento pela mistura com preto ou marrom só é valido nas cores escuras.
Nas claras elimina-lhes toda a luminosidade, sujando-as. O rebaixamento pela
cor complementar cria novas tonalidades, sempre belas, tanto para as cores
claras quanto para as escuras.
COMBINAÇÃO DAS CORES
Uma cor
combina com outra por afinidade, semelhança, aproximação ou por contraste,
dessemelhança, oposição.
Há três
métodos para se conseguir equilíbrio entre uma dupla de cores:
1-
pela intensificação ou diminuição do tom de uma das
cores, sem perda de sua crominância, ou seja, clareando ou escurecendo através
das cores vizinhas (análogas) e não pelo preto ou branco. Exemplo:
magenta-verde: mantendo o magenta puro e misturando o verde ou com azul para
escurecer, ou com amarelo para clarear.
2-
Pela mistura com o branco (dessaturação) ou com o preto
(rebaixamento). Neste caso há perda de crominância dos tons, tornando as cores
acinzentadas, turvas.
3-
Pela utilização do tom de passagem: misturando as duas
cores e fazendo uma intermediária
GAMAS DE HARMONIZAÇÃO
Princípios
A Natureza é o
melhor exemplo de harmonização de cores. Nela existe sempre uma tendência
luminosa que relaciona umas cores com outras e todas entre si. Observe uma
paisagem ao entardecer. As cores do céu contagiam toda a paisagem, criando uma
bela harmonia de cores.
O que devemos fazer
é descobrir a tendência cromática do modelo que escolhemos pintar, obtendo o
máximo de proveito artístico, ou se pretendemos criar algo, temos que imaginar
qual tendência colorida devemos utilizar.
Para acharmos uma
concordância de cores devemos trabalhar com gamas cromáticas.
1-
GAMA
MELÓDICA: É constituída por
uma só cor, degradada em diferentes tons, com intervenção do branco ou negro.
Pode ser chamada também de monocromática.
OBS: utilize o
preto pela mistura das três cores primárias, o preto cromático.
2- GAMA HARMÔNICA SIMPLES: É constituída
por uma cor dominante, acompanhada por três cores, de matiz oposto, formando um
conjunto com novas colorações. O branco
e o preto podem intervir ou não nas misturas.
3-GAMA HARMÔNICA DE CINZAS POR MISTURA DE CORES
COMPLEMENTARES
Constituída por dois pares de complementares, análogos
entre si, com predomínio de dois da mesma gama sobre os restantes. Podem ser
misturados com branco ou preto.
Ex: As duas
dominantes são o vermelho alaranjado e o amarelo. Suas complementares são o
azul ciano e o violeta, respectivamente.
4-GAMA HARMÔNICA DE
CORES FRIAS
Constituídas essencialmente pelas cores verde claro,
verde, verde esmeralda, azul ciano, azul ultramar, violeta púrpura e violeta. A
dominante é o azul ciano.
5-GAMA HARMÔNICA DE
CORES QUENTES
Constituída pelas cores violeta, vermelho magenta,
vermelho carminado, vermelho alaranjado, laranja, amarelo e verde claro. A
dominante é o vermelho alaranjado.
GAMA ASSONANTE
NA PRÁTICA
No momento de estudarmos a harmonização de cor num quadro
devemos ter em mente:
1º - Estudar no modelo a própria tendência cromática
apresentada pela própria natureza ou, se não tiver modelo, imaginar essa
tendência.
2º - escolher, de acordo com a tendência a gama de
harmonização mais adequada.
3º - Acentuar esta tendência, dramatizando-a para obter
uma maior qualidade artística e expressiva.
Depois de se aprender tudo isto, o último estágio para o
artista é criar um colorido harmonioso e agradável à vista e ao espírito, com
ou sem contraste, que expresse melhor o tema.
MUITO INTERESSANTES ESSAS DICAS.
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